quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Hipermetrope


Quando eu era criança me fizeram acreditar que era estulta, fui ganhando conhecimento e junto dele uma vontade enlouquecedora de mostrar a todos que eles estavam errados, que eu era dotada de sabedoria. Porém fui vencida pelo cansaço, pela incerteza e falta de segurança. Fui travada por ter ouvidos e ouvir os sussurros conspiratórios, contra meu conhecimento, mas dessa vez encarei de maneira diferente, talvez da pior, encarei como uma verdade absoluta e abaixei a cabeça a quem me colocava embaixo do solo e depois da lixeira.
Percebi que, na verdade, não sou quem eu pensava. Não tenho nenhum dom natural e nenhuma facilidade, sou apenas mais uma no colégio, em casa, na rua, nos grupos que freqüento e apenas mais... uma! Não tenho nenhum diferencial, nunca vou ser quem sonhei.
Parece-me discurso de um derrotado, mas é isso que o mundo faz das pessoas. E não, culpar os outros, o mundo pelo meu desgaste não é do meu feitio, pois só estou assim, porque me permiti estar. Mas que esse mero depoimento faça as pessoas não destruírem ninguém, não destrua sonhos, nunca falem que os outros não são capazes, não duvidem, não, não, não...
Se bem que... Pensando bem, o Cara mais genial foi humilhado e muitos o ridicularizaram e mesmo assim Ele é o maior Homem de todos os tempos. Será que Ele se rendeu como estou me rendendo? Porque aposto que não foi fácil pra Cristo...
Acabo de me sentir hipermetrope, que mania de enxergar mal o que está na frente dos olhos!

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